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Marketing jurídico digital

Guia prático (o que pode e o que não pode segundo a OAB)

Marketing jurídico digital não é “falar de si mesmo na internet”. É estratégia, constância e, na advocacia,
compliance ético. O objetivo é ser encontrado por quem busca orientação, explicar com clareza e
construir autoridade — sem promessas e sem mercantilizar a profissão. A seguir, você tem um guia objetivo para
agir com segurança à luz do Estatuto, do Código de Ética e do Provimento 205/2021 da OAB.

O que é (e por que importa)

Produção e distribuição de conteúdo jurídico informativo em canais digitais (site/blog, redes, e-mail, vídeo)
para educar o público e posicionar sua expertise. Funciona como “campo de confiança”: antes de contratar, a pessoa
busca entender o problema — e encontra você.

Base normativa

  • Lei 8.906/1994 (Estatuto da Advocacia);
  • Código de Ética e Disciplina (Res. 02/2015);
  • Provimento 205/2021 (CFOAB) — publicidade, informação e divulgação da advocacia no ambiente digital.

Esses marcos permitem comunicação informativa e institucional, com sobriedade e sem captação indevida.

Princípios que não podem faltar

  • Sobriedade e discrição: sem sensacionalismo, sem linguagem comercial direta.
  • Finalidade informativa: conteúdo educativo ou institucional, não oferta de “serviços” ou “pacotes”.
  • Veracidade e moderação: nada de prometer resultado, “garantir vitória” ou superlativos do tipo “o melhor”.
  • Respeito à dignidade: nada de depreciar colegas, listar clientes ou expor casos identificáveis.
  • Proteção ao sigilo: casos só com consentimento expresso e, preferencialmente, com anonimização.

O que PODE (com bons exemplos)

Conteúdo & SEO

  • Artigos e guias que respondem dúvidas reais do seu nicho;
  • Páginas “áreas de atuação” claras e sóbrias;
  • SEO local (ex.: “advogado previdenciário em Goiânia”).

Redes & Vídeo

  • Posts informativos; carrosséis didáticos;
  • Lives/webinars educativos (sem pitch comercial);
  • Vídeos curtos, linguagem simples e objetiva.

E-mail & Relacionamento

  • Newsletter com novidades legais e alertas práticos;
  • Fluxos de boas-vindas com guias úteis (opt-in);
  • Automação leve (formulários, chat de triagem).

Anúncios com moderação

  • Impulsionar conteúdo informativo (não oferta);
  • Landing pages institucionais, sem “promoção”;
  • Métricas éticas: tráfego qualificado e engajamento.

O que NÃO PODE (evite problemas éticos)

Conduta
Por quê?

Prometer resultados
Cria expectativa irreal e mercantiliza a atuação.

Ofertas e “descontos”
Captação indevida de clientela; afronta à sobriedade.

Listar clientes/casos
Risco ao sigilo e uso promocional indevido.

Comparar/depreciar colegas
Fere a dignidade e a urbanidade profissionais.

Regra de ouro: conteúdo deve ser útil e informativo — nunca um “anúncio disfarçado”.

Métricas que importam (sem ferir a ética)

  • Tráfego orgânico em páginas educativas e áreas de atuação;
  • Tempo na página e taxa de retorno (conteúdo útil!);
  • Contatos espontâneos via formulário/WhatsApp institucional;
  • Palavras-chave de cauda longa (intenção informativa);
  • Volume de indicações (efeito reputação/autoridade).

Checklist operacional: publique com segurança

Antes de publicar qualquer conteúdo de marketing jurídico, valide estes pontos de compliance.

  1. Finalidade informativa — O conteúdo explica, orienta e educa; não oferta serviços.
  2. Linguagem sóbria — Sem superlativos (“o melhor”), gatilhos de venda ou promessas.
  3. Sigilo e privacidade — Sem dados de clientes; estudos de caso com consentimento e anonimização.
  4. Identificação — Nome, OAB e local de atuação visíveis nas páginas institucionais.
  5. Revisão ética — Uma segunda leitura focada em compliance antes de publicar.

Roteiro simples para começar (30 dias)

  1. Defina o nicho (ex.: previdenciário para servidores, família, trabalhista para PME).
  2. Monte 8 temas de dúvidas reais (buscas e perguntas recorrentes).
  3. Publique 2 artigos/semana + 1 resumo em carrossel no LinkedIn/Instagram.
  4. Crie 1 guia evergreen (pilar) e conecte posts satélites por links internos.
  5. Avalie métricas éticas e ajuste títulos/escaneabilidade (subtítulos, listas, exemplos).

Conclusão

Marketing jurídico digital funciona quando respeita a essência da advocacia: solução de problemas com técnica e
responsabilidade. Publicidade é permitida — desde que informativa, moderada e institucional. O público agradece,
sua reputação cresce e a ética permanece no centro.

Perguntas frequentes

Advogado pode anunciar no Google ou redes sociais?

Pode impulsionar conteúdo informativo e institucional. Não pode veicular ofertas, descontos, promessas de resultado ou peças com linguagem mercantil.

Posso publicar depoimentos de clientes?

Evite o uso promocional de testemunhos. Se houver menção a casos, use consentimento expresso, linguagem informativa e anonimização sempre que possível.

Posso falar de casos que atendi?

Apenas com base legal, consentimento do cliente e foco educativo — sem autopromoção. Prefira estudos de caso anonimizados.

Preciso colocar OAB e cidade no site?

Sim, é recomendável constar a identificação profissional e local de atuação nas páginas institucionais e de contato.

Eva Carvalho

Há mais de 20 anos, atuamos ao lado dos advogados, ajudando-os a estruturar e evoluir seus escritórios por meio da tecnologia. Com a incorporação da inteligência artificial, ampliamos nossas soluções e hoje atendemos centenas de empresas em todo o Brasil. O BigAdv — Software Jurídico da EVSOLID — é uma unidade de negócio dedicada a impulsionar pequenos e médios escritórios de advocacia rumo a resultados realmente grandes.

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